segunda-feira, outubro 27, 2008

Manhã rotineira. Fictícia, claro.

É cedo, mas não de madrugada. Ele não deve ser do tipo que acorda de madrugada. Mas me parece razoável que ele tome café na cama ou coisa assim. Suponhamos que seja o caso.

Sua empregada - Carla, por exemplo - lhe traz o café. Enquanto serve ao seu patrão, este pergunta:

- Como estão a bolsa e o dólar, Carla?
- Dólar a R$ 2,50, senhor; e a bolsa já abriu em queda.
- Então, traga-me o terno.

Ele levanta da cama, deixando o café ali. Ele não deve demorar. Veste o terno. Não arruma o cabelo, porque ele não tem muito o que arrumar. Faz um telefonema. Em poucos minutos a mídia está à sua porta. Ele faz um depoimento. A mídia se vai. Ele volta para seu quarto, guarda o terno e volta para o seu café. Liga a televisão. Assiste o depoimento que dera há pouco. O dólar passa a reduzir a alta, a bolsa passa a reduzir a queda.

Com um sorriso de satisfação, ele passa a saborear o seu café.

- Mais alguma coisa, senhor Henrique?
- Avise o motorista que sairei em meia hora.

E então ele segue para seu trabalho.

Claro, a vida real não é tão simples, mas me diverti pensando nessa narrativa.

Um comentário:

Anônimo disse...

Meirelles por Mattedi: Luis Fernando que se cuide.